O Clube do Biscoito

O livro "O Clube do Biscoito" me encantou logo nas primeiras páginas.
Um grupo de 12 mulheres se reúne todos os anos, na mesma data (1ª segunda-feira do mês de dezembro), cada uma levando 13 dúzias de biscoitos caseiros: 1 dúzia para cada integrante do Clube, e a 13ª dúzia para a caridade.
Mas, por trás destes encontros recheados de delícias, existem também os dramas, os problemas, as preocupações, enfrentados por cada uma dessas mulheres.
Marnie, a biscoiteira-líder, é quem recebe as amigas em casa. Sua filha mais velha enfrenta sérios problemas na gravidez. Assim como ela, as outras integrantes também possuem seus próprios dramas: uma luta para superar a morte do filho, algumas venceram o câncer, uma acaba de adotar uma criança e não sabe bem como lidar com isso, outra enfrenta problemas financeiros...
O livro trata de assuntos importantes como amor, perdas, superação, família, amizade... A amizade de 12 mulheres que vivem os problemas umas das outras.
"Taí uma coisa que eu questiono: quando vejo uma amiga se direcionando para uma estrada difícil, até que ponto devo confrontar e até que ponto compreender, sabendo que estarei presente para apanhar os cacos? Até que ponto sou a amiga que ouve, carinhosa, e até que ponto devo apontar os perigos? Até que ponto aceito e até que ponto devo advertir? (...) As amigas sempre vão fazer aquilo que desejam fazer, apesar de tudo. E, apesar de tudo, eu estarei ao lado delas. Não tenho nenhum interesse em mudar isso."
Cada capítulo fala de uma dessas mulheres, e traz a receita do biscoito que cada uma preparou para o Clube. As receitas são, de alguma forma, relacionadas com fatos da vida de cada uma delas, o que torna o ato de fazê-los mais interessante. Os biscoitos que Juliet faz, por exemplo, lembram a sua infância, quando ela se sentava, junto com seu avô, para saborear os biscoitos molhados no café.
"- Nossos Natais não eram muito fartos. Roupas. Talvez um ou dois brinquedos. E os biscoitos. E a cerimônia de mergulhá-los no café era a única coisa que eu realmente compartilhava com meu avô. É absolutamente minha única lembrança dele. - Seus braços estão cruzados e sua voz é estável. - Toda vez que faço estes biscoitos, mergulho o primeiro deles no café e penso na cozinha da minha avó, com o piso de linóleo desgastado onde ela ficava, e o saleiro e o pimenteiro de gatinho, em cima da mesa na salinha de jantar. O cheiro do meu avô misturado ao do café e dos biscoitos. E, é claro, o sabor do biscoito. Não sei se é a lembrança ou se eles realmente são tão deliciosos assim. Vocês é que vão me dizer."
Além de ser uma história linda e emocionante, a forma como Ann Pearlman escreve, torna a leitura deliciosa e comovente! Reli várias partes, anotei muitos trechos, me emocionei, parei muitas vezes pra pensar...
Antes de terminar a leitura, eu já tinha decidido que também faria as minhas 13 dúzias de biscoitos. E fiz! Embalei todos eles, cuidadosamente, em saquinhos enfeitados, e dei a 12 pessoas que, por motivos diversos, mereciam recebê-los.
Confesso que escolher apenas 12 pessoas foi complicado. A vontade que eu tinha era de fazer centenas de biscoitos e distribuir para cada pessoa que eu considero importante!
Mas o melhor de tudo foi perceber com essa história quanta gente boa faz parte da minha vida!

1 comentários:

LOLA GATTA disse...

Ainda estou na metade da leitura e também estou apaixonada!

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