Dessa vez imaginei que não seria muito diferente. Ainda mais que fui para Buenos Aires e roupa de frio ocupa muuuito espaço. Para tentar evitar problemas e aborrecimentos, achei na internet um Guia que prometia ensinar uma forma infalível para arrumar malas. Me empolguei e tive certeza de que daria certo.
O guia mandava começar pelos sapatos, mas resolvi começar colocando no fundo uma sacola de viagem extra, afinal, onde eu iria trazer minhas compras?? Depois embalei minhas botas, um par de tênis e chinelos, e coloquei por cima da sacola. Em seguida, calças (não dava pra levar menos de 4, sinto muito!). Segundo o guia, as pernas das calças deveriam ficar pra fora da mala, e somente no final, dobradas pra dentro evitando assim que ficassem amassadas. Fiz o que ele mandou! Nesse momento achei que metade da mala já estava comprometida, mas decidi tirar a idéia da cabeça. Não ia sofrer por antecedência!
O próximo passo seriam os casacos pelo avesso dobrados ao meio com as mangas pra dentro. A partir daí, o terror começou. Quando coloquei, cuidadosamente, 4 blusas de manga, 4 casacos de lã e 1 jaqueta, não havia mais espaço pra nada!
Resolvi dar uma ajudinha, apertando um pouco as roupas. Isso deve ter liberado uns
Peguei o guia, nervosa, e li que em seguida viriam saias, vestidos, blusinhas e camisetas. Respirei aliviada, já que não ia levar nenhum desses itens, a não ser que pretendesse morrer congelada! Consegui me acalmar um pouco, e continuei a leitura. Mas me deparei com um problema: “Meias e roupas íntimas devem ser acondicionadas em saquinhos de tela, plástico ou pano e colocadas dentro dos sapatos.” Não as minhas!! Primeiro que meus sapatos estavam lá embaixo, e nem sob tortura eu iria levantar todas as roupas até encontrá-los. E nunca, nunquinha, eu iria enfiar minhas roupas íntimas dentro dos meus sapatos!!! Elas iriam nos espaços quase inexistentes nas laterais da mala, junto com as meias, gorro e cachecol.
Já tinha decidido que tudo estava sob controle, mas tomei um susto, lembrando que o guia não mencionava nada sobre minha necessaire!!! O que eu iria fazer? Não era pouca coisa (shampoo, condicionador, sabonete, hidratante, escova e pasta de dentes, pente, perfume, maquiagem...etc..etc..etc...). Não, não havia espaço para minha linda necessaire rosa de alcinha!!
Ok... o jeito foi embalar tudo em saquinhos (para evitar vazamentos) e procurar mais buraquinhos nas laterais da mala. Meia hora depois, e sem haver mais espaço nem para uma pulga, achei que a tarefa havia chegado ao fim, mas percebi que as pernas das calças ainda estavam penduradas pra fora! Ótimo! Onde eu ia achar espaço pra 8 pernas de calças??? Tudo bem, pra fora é que elas não poderiam ficar. Todas pra dentro, já! Hora de fechar a mala.
Qualquer ameba saberia que ela não fecharia, claro! Tive que sentar em cima, dar pulinhos, me ajoelhar, e ficar com as pontas dos dedos vermelhas e esfoladas de tanto fazer força para fechar o ziper. Só então, finalmente, o martírio chegou ao fim (de que adiantou o truque das pernas das calças?? Tudo chegaria no destino amassado mesmo!!). Sentei na cama, e fiquei olhando pra ela, pensando que a qualquer momento iria explodir! Mas ainda bem que isso não aconteceu.
Suada e cansada, respirei fundo, aliviada. Mas não por muito tempo. Foi quando eu vi minha blusa de mangas preferida, esquecida em cima da cama. Contei até 10, suspirei, e pensei “não faz mal, posso muito bem ir sem ela!”.
Desapego: isso o Guia não tinha me ensinado.
Já é uma evolução, não é?
“Em Busca de Uma Nova Chance” traz Susan Sarandon e Pierce Brosnan interpretando um casal que perde o filho mais velho, Bennet, num acidente de carro, logo nos primeiros minutos do filme. Enquanto os pais e o irmão mais novo tentam superar a dor da perda, Rose, namorada adolescente de Bennet, aparece na casa deles para dar a notícia de que está grávida.
A partir daí, toda a história se desenrola mostrando o lado de cada um dos personagens, como cada um deles lida com a dor, a relação entre eles e os diferentes sentimentos envolvidos. Pierce Brosnan e Susan Sarandon dão um verdadeiro show de interpretação provocando muitas lágrimas, e em alguns momentos eles conseguem isso apenas com o olhar, sem necessidade de palavras.
Para quem ainda não assistiu, fica a dica!
O filme começou. Tudo ia muito bem, até ouvirmos novos gritos: “ai meu Deus, um rato!” Quando percebi, Ro já tinha passado na minha frente (como ela conseguiu ser tão rápida?) e já estava descendo pelo corredor com sua sacolinha. Achei mais sensato segui-la.
Nos sentamos umas 8 filas pra baixo. Nos ajeitamos, colocamos (eu também, dessa vez) os pés pra cima, e tentamos prestar atenção no filme. Algo meio complicado, numa situação como essa, mas tentamos! Outras pessoas também foram se ajeitando em novos lugares, e todos, assim como eu, pensamos que tínhamos nos livrado do ratinho. Mas estávamos enganados...
Faltando uns 30 minutos para terminar o filme, minha querida amiga ouviu um “barulhinho” na sacola dela. E decidiu verificar se a sacola estava “viva”. Foi aí que o tão temido roedor pulou da sacola dela para a cadeira do lado. Nesse momento, eu não sei o que foi pior: o pulo do rato ou o grito de Rosana! Como já estava me acostumando a fugir de ratos, consegui ser rápida dessa vez, e num segundo já tinha agarrado minha bolsa, minhas compras e corrido!! A pobre Ro saiu da fila com sua sacola e carregando a bolsa com dois dedos pela pontinha da alça (ela achava que o rato poderia estar lá dentro). Jogou a bolsa numa cadeira e sentou em outra para se recuperar. Ficamos os 20 minutos finais encolhidas nas cadeiras laterais, sem saber se rezávamos por um final feliz no filme, ou para as luzes se acenderem logo e sairmos correndo de lá!!!
Tudo bem, contando agora pode parecer engraçado, mas não é. Isso realmente aconteceu, na sala 3 do Multiplex Iguatemi, no dia 14 de junho, segunda-feira. E ninguém garante que as outras salas também não tenham o mesmo problema. Chamamos a pessoa responsável e fomos informados que não era a primeira vez que ratos apareciam naquela sala e que tudo isso é por causa da reforma no forro do teto da Praça de Alimentação. Mas calma aí, se com a reforma os ratos conseguiram correr para o cinema, imagine os restaurantes?? Em que situação as cozinhas dos mesmos se encontram??
Ouvimos pedidos de desculpas, que providencias já estavam sendo tomadas, tivemos nossos ingressos revalidados para assistirmos outra sessão de qualquer outro filme e só! Não poderiam fazer mais nada!
E então fica a pergunta: se eles estão cientes do problema, porque não interditaram a sala (ou as salas)??
Se eles não fazem nada, faço eu: avisando as pessoas, mandando e-mails para os jornais e amanhã vou comunicar a Anvisa. Se vai dar em alguma coisa? Sinceramente não sei. Mas quanto mais gente souber, mais fácil de alguém tomar uma providência! O que a gente não pode é se calar diante de uma situação como essa!
Hoje, mais de 17.000 espécies (animais e vegetais) estão ameaçadas de extinção por nossa culpa.
Esse ano o tema é "Muitas espécies. Um planeta. Um futuro"
Vamos repensar nossas atitudes para manter nosso Planeta vivo!
Devemos fazer o mesmo com nossas vidas. Jogar fora tudo que nos faz mal, nos libertar de lembranças ruins do passado, tristezas, frustrações, raiva, e até mesmo certas pessoas. E procurar, lá dentro de nós, alguns sonhos, desejos, que muitas vezes ficam guardados e acabam esquecidos.
Devemos manter somente o que nos acrescenta algo de bom, nos faz crescer e evoluir, e carregar com a gente somente aquilo que nos faz feliz!
O envolvente suspense de Harlan Coben, “Não Conte a Ninguém”, da Editora Sextante, descreve o emaranhado de acontecimentos na vida do Dr. David Beck, após a trágica morte de sua mulher, Elizabeth, quando o casal foi vítima de um ataque. Oito anos depois Dr. Beck recebe um estranho e-mail teoricamente da sua esposa morta. Para complicar a situação, David começa a ser procurado pela polícia, que o tem como principal suspeito pela morte da própria esposa. Com a ajuda de amigos e de uma famosa advogada, o médico tenta provar sua inocência, descobrir quem está por trás de toda essa história e se Elizabeth realmente está viva.
É, com certeza, um livro que nos prende do princípio ao fim. Em alguns momentos, nos sentimos investigadores do caso tentando encontrar a verdade por trás de todos os mistérios. E ainda que tenhamos mil e uma suspeitas e suposições, as páginas finais conseguem incrivelmente nos surpreender!!
Nada como Drummond para expressar o que eu queria dizer hoje...
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.